domingo, 24 de julho de 2011

Seu parceiro está com problemas de ereção? Pequenas atitudes suas podem fazer a diferença!

Os problemas de ereção, com nome popular de impotência e nome científico disfunção erétil, atingem quase a metade da população masculina com idade superior a 40anos. Para ser considerada disfunção erétil o problema deve persistente e não situacional, exemplo se seu parceiro teve algum problema no trabalho ou em algum outro aspecto da vida é natural que o estresse e tristeza afetem o desempenho sexual.
Mas se a dificuldade em ter ereção e penetração vem acontecendo há meses o problema merece atenção. O primeiro passo é procurar um urologista, este profissional será capaz de investigar as principais doenças que afetam a ereção, entre elas destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças de próstata e o declínio androgênico do envelhecimento. É muito importante procurar auxílio médico dentro do primeiro ano de início destes sintomas de ereção, porque muitas vezes a dificuldade de ereção é o primeiro sinal de uma doença cardíaca silenciosa, e também porque a não ocorrência de ereções por um longo período (meses) tende a aumentar o problema e dificultar o tratamento.
Sabe-se que é um assunto delicado, ainda é um tabu e, infelizmente, alguns profissionais de saúde tem ressalvas em abordar o problema da sexualidade, então a parceira tem papel fundamental em incentivar o tratamento e a recuperação do homem com disfunção erétil. Os homens em geral tendem “a sair pela tangente” ao serem questionados sobre o problema e a negarem, isso é rotineiro. Então carinhosamente insista no assunto e aborde o problema sem cobranças, ofereça-se para acompanha-lo se ele achar necessário.
Iniciado o tratamento seja ele qual for, aparece a ansiedade de performance, o homem passa a se analisar e a se exigir uma boa performance sexual, e essa auto-exigência acabar por gerar nervosismo e compromete o resultado final, as vezes não tendo uma boa ereção ou as vezes ejaculando mais rápido do que gostaria. Se isso for somado a cobrança da parceira, tenderá ao fracasso.
Para aliviar essa ansiedade recomendam-se técnicas que mudem um pouco o foco do casal durante as preliminares. Um exemplo disto são as massagens, com seu parceiro deitado de barriga para baixo (para que nem ele e nem você fiquem analisando visualmente a ereção) faça uma massagem demorada por toda a parte de trás do corpo, 30 ou 40 minutos, sem pressa. Após isso peça que ele se deite de barriga para cima e continue massageando ignorando a área genital, passado esse longo tempo de carícias e de excitação, aí sim comecem você e ele a realizar a massagem no pênis para estimular ainda mais a melhora da ereção antes da penetração vaginal.
Ao mesmo tempo em que a indústria farmacêutica evoluiu com remédios mais eficazes para a ereção, surgem novos estudos mostrando que técnicas de fisioterapia tradicionalmente empregadas para recuperação da continência urinária são eficazes também para melhorar a ereção. Alguns estudos com homens europeus relataram melhora da ereção com fisioterapia igual a obtida com o uso medicamentos. Se você acredita que seu parceiro está com disfunção erétil procure avaliação médica e considere a fisioterapia como parte da terapia!

Fisioterapia & Sexualidade Feminina

Quando falamos de sexualidade a relação sexual entra na soma, mas sexualidade também se refere a maneira como nos relacionamos com o parceiro, na cama e fora dela. Especialmente as mulheres tem uma necessidade grande de troca de afeto, troca de carinho e uma necessidade pequena de penetração.
Para que a mulher sinta o desejo de ter relação sexual é necessário que outros aspectos do seu relacionamento estejam bem, e estudos mostram que uma porcentagem pequena de mulheres tem desejo sexual, cerca de 15% das mulheres brasileiras tem relação sexual porque está realmente com vontade de fazer sexo. A maioria restante faz sexo ou para agradar o parceiro ou para trocar carícias.
É claro que esse é um panorama geral e existem variações individuais, mas o ponto que merece destaque é que a mulher com uma queixa sexual precisa estar atenta ao seu relacionamento. Independente da queixa se falta de desejo, falta de lubrificação, dor a penetração ou dificuldade de atingir o orgasmo, essa mulher precisa analisar a maneira como está o seu relacionamento, pois há uma relação muito forte entre esse aspecto psicológico do relacionamento e a resposta física que prepara a mulher para ser penetrada.
Quando a mulher sente desejo, excitação e se entrega ao ato sexual ocorre um aumento da circulação sanguínea generalizada do corpo e também um aumento da circulação específica aos genitais. Decorrente dessa circulação ocorre a lubrificação da vagina e o clitóris de torna mais proeminente, isto pode ser comparado a ereção peniana, só não é tão visível, pois o clitóris é mais interno.
Essas modificações preparam a mulher para a continuidade da relação sexual com a penetração e, com a estimulação adequada, a mulher deve atingir o orgasmo. O orgasmo é um reflexo, não pode ser controlado pela vontade, contudo sabe-se que músculos pélvicos que situam-se entre ânus e a vagina agem durante todo o ato sexual e se contraem intensamente durante o orgasmo trazendo o clitóris mais próximo da entrada da vagina para que este seja mais estimulado durante a penetração.
Mas o que a fisioterapia pode fazer pela mulher com dificuldade sexuais? A paciente que chega ao consultório com alguma queixa sexual tem invariavelmente alguma disfunção nos músculos pélvicos e é sobre esse problema muscular que a fisioterapia age. Através do exame físico da região genito-anal é possível identificar fraqueza muscular, incoordenação, pontos de tensão que causam dor ou ainda um estado de contração muscular constante que a paciente não percebe, pois está associado a perda parcial da sensibilidade da região.
Então o tratamento fisioterapêutico da mulher com disfunção sexual é direcionado a musculatura pélvica e envolve estimulação desses músculos através de equipamentos específicos, que promovem a sensibilidade genital e adequam o funcionamento desses músculos durante a relação sexual, por exemplo se a paciente refere dor durante a penetração e o exame mostra músculos contraídos, a fisioterapia se concentra em relaxar essa musculatura para que a estimulação pelo pênis do parceiro volte a ser prazerosa. Se a paciente refere dificuldade de atingir o orgasmo e durante o exame físico é percebida uma fraqueza muscular é realizado um trabalho de fortalecimento desses músculos para que a vagina fique mais estreita, tenha mais contato com o pênis, o clitóris é massageado durante a penetração o que facilita o orgasmo.
A sexualidade dentro da fisioterapia é recente e tem sido cada vez mais explorada no Brasil e fora do país pelos excelentes resultados e por ser um tratamento não invasivo com custo acessível.