domingo, 24 de julho de 2011

Fisioterapia & Sexualidade Feminina

Quando falamos de sexualidade a relação sexual entra na soma, mas sexualidade também se refere a maneira como nos relacionamos com o parceiro, na cama e fora dela. Especialmente as mulheres tem uma necessidade grande de troca de afeto, troca de carinho e uma necessidade pequena de penetração.
Para que a mulher sinta o desejo de ter relação sexual é necessário que outros aspectos do seu relacionamento estejam bem, e estudos mostram que uma porcentagem pequena de mulheres tem desejo sexual, cerca de 15% das mulheres brasileiras tem relação sexual porque está realmente com vontade de fazer sexo. A maioria restante faz sexo ou para agradar o parceiro ou para trocar carícias.
É claro que esse é um panorama geral e existem variações individuais, mas o ponto que merece destaque é que a mulher com uma queixa sexual precisa estar atenta ao seu relacionamento. Independente da queixa se falta de desejo, falta de lubrificação, dor a penetração ou dificuldade de atingir o orgasmo, essa mulher precisa analisar a maneira como está o seu relacionamento, pois há uma relação muito forte entre esse aspecto psicológico do relacionamento e a resposta física que prepara a mulher para ser penetrada.
Quando a mulher sente desejo, excitação e se entrega ao ato sexual ocorre um aumento da circulação sanguínea generalizada do corpo e também um aumento da circulação específica aos genitais. Decorrente dessa circulação ocorre a lubrificação da vagina e o clitóris de torna mais proeminente, isto pode ser comparado a ereção peniana, só não é tão visível, pois o clitóris é mais interno.
Essas modificações preparam a mulher para a continuidade da relação sexual com a penetração e, com a estimulação adequada, a mulher deve atingir o orgasmo. O orgasmo é um reflexo, não pode ser controlado pela vontade, contudo sabe-se que músculos pélvicos que situam-se entre ânus e a vagina agem durante todo o ato sexual e se contraem intensamente durante o orgasmo trazendo o clitóris mais próximo da entrada da vagina para que este seja mais estimulado durante a penetração.
Mas o que a fisioterapia pode fazer pela mulher com dificuldade sexuais? A paciente que chega ao consultório com alguma queixa sexual tem invariavelmente alguma disfunção nos músculos pélvicos e é sobre esse problema muscular que a fisioterapia age. Através do exame físico da região genito-anal é possível identificar fraqueza muscular, incoordenação, pontos de tensão que causam dor ou ainda um estado de contração muscular constante que a paciente não percebe, pois está associado a perda parcial da sensibilidade da região.
Então o tratamento fisioterapêutico da mulher com disfunção sexual é direcionado a musculatura pélvica e envolve estimulação desses músculos através de equipamentos específicos, que promovem a sensibilidade genital e adequam o funcionamento desses músculos durante a relação sexual, por exemplo se a paciente refere dor durante a penetração e o exame mostra músculos contraídos, a fisioterapia se concentra em relaxar essa musculatura para que a estimulação pelo pênis do parceiro volte a ser prazerosa. Se a paciente refere dificuldade de atingir o orgasmo e durante o exame físico é percebida uma fraqueza muscular é realizado um trabalho de fortalecimento desses músculos para que a vagina fique mais estreita, tenha mais contato com o pênis, o clitóris é massageado durante a penetração o que facilita o orgasmo.
A sexualidade dentro da fisioterapia é recente e tem sido cada vez mais explorada no Brasil e fora do país pelos excelentes resultados e por ser um tratamento não invasivo com custo acessível.

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