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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A fisioterapia pélvica é capaz de amenizar os sintomas da bexiga baixa

Uma queixa muito frequente das mulheres no período pós menopausa é a sensação de peso na vagina, podendo estar associada ou não a uma real e visível descida da bexiga, e as vezes associada aos escapes de urina. Essa doença é conhecida como distopia genital.
Durante a primeira semana de setembro eu participei do congresso internacional de continência, que ocorreu na Escócia-Reino Unido. Neste evento um dos trabalhos premiados foi o que demonstrou que a fisioterapia pélvica específica é capaz de melhorar os sintomas da distopia genital. Este estudo avaliou o quanto essa “flacidez genital” interferia na vida das pacientes e observou que a fisioterapia é capaz de melhorar qualidade de vida das mulheres que sofrem com esse incomodo.
Esse tipo de fisioterapia atua especificamente na vagina promovendo uma percepção maior da região genital, bem como um melhor controle muscular da região. Com o melhor controle dos músculos vaginais é possível controlar a descida da bexiga e de outros órgãos pélvicos e assim diminuir a incomoda sensação de peso nos genitais.
Através de equipamento e estímulos específicos o fisioterapeuta especialista é capaz de auxiliar o paciente a controlar essa região do corpo, mas além dos exercícios realizados em consultório é fundamental que as mulheres que sofrem com as distopias genitais mudem hábitos errados, evitando carregar muito peso, urinando a cada 3 ou 4 horas e evacuem sem muito esforço.
Além da fisioterapia e das mudanças de hábito o acompanhamento médico é fundamental, o tratamentos multiprofissional (medicina e fisioterapia) garante resultados satisfatórios e duradouros.

Lubrificantes Íntimos: você já experimentou?

Hoje em dia os lubrificantes estão facilmente acessíveis em farmácias, e nas sex-shops encontra-se uma variedade grande de marcas, aromas e sabores, mas você já se perguntou qual a melhor maneira de usá-los e se existe alguma restrição?
Os lubrificantes encontrados nas farmácias são na maioria a base de água, por isso praticamente não possuem restrições podem ser utilizados com ou sem preservativos, para sexo oral, vaginal e anal. A vaselina também pode ser utilizada para lubrificação e serve como base de um lubrificante novo no mercado tem restrições de uso concomitante aos preservativos de látex, pois interage com ele favorecendo rupturas.
Também existem lubrificantes com sensação quente e gelada, que são muito interessantes para serem usados em todo o corpo, como um estímulo a sair da monotonia e a descobrir novas zonas erógenas e novos estímulos. Para tornar possível essas sensações frias e quentes são usadas substâncias específicas, que somadas ao atrito da penetração podem favorecer irritação, prurido e até infecções se usadas com frequência para penetração. Em geral eu recomendo esse tipo de lubrificante para zonas erógenas que não sejam nos genitais, por exemplo mamas ou mamilos.
Para os lubrificantes com essência e com sabor vale a mesma regra de limitá-los ao sexo oral e outras zonas erógenas, e evitá-los para penetração, pois também podem irritar a mucosa presente no interior da vagina, muito mais sensível do que a pele do restante do corpo.
Faça uso desses diferentes estímulos para enriquecer a troca entre você e seu/sua parceiro (a), mas sempre atento as particularidades de cada pessoa e cada região do corpo. Os lubrificantes devem ser usados para aquecer as carícias preliminares, para a mulher ter tempo de se preparar para a penetração, usá-los simplesmente para compensar a falta de excitação e lubrificação oferecerá resultados pobres. Nesses casos de falta de lubrificação e desconforto a penetração procure tratamento especializado. Ficou com dúvidas? Envie um e-mail e visite o site www.incontinenciaesexualidade.blogspot.com

domingo, 24 de julho de 2011

Fisioterapia & Sexualidade Feminina

Quando falamos de sexualidade a relação sexual entra na soma, mas sexualidade também se refere a maneira como nos relacionamos com o parceiro, na cama e fora dela. Especialmente as mulheres tem uma necessidade grande de troca de afeto, troca de carinho e uma necessidade pequena de penetração.
Para que a mulher sinta o desejo de ter relação sexual é necessário que outros aspectos do seu relacionamento estejam bem, e estudos mostram que uma porcentagem pequena de mulheres tem desejo sexual, cerca de 15% das mulheres brasileiras tem relação sexual porque está realmente com vontade de fazer sexo. A maioria restante faz sexo ou para agradar o parceiro ou para trocar carícias.
É claro que esse é um panorama geral e existem variações individuais, mas o ponto que merece destaque é que a mulher com uma queixa sexual precisa estar atenta ao seu relacionamento. Independente da queixa se falta de desejo, falta de lubrificação, dor a penetração ou dificuldade de atingir o orgasmo, essa mulher precisa analisar a maneira como está o seu relacionamento, pois há uma relação muito forte entre esse aspecto psicológico do relacionamento e a resposta física que prepara a mulher para ser penetrada.
Quando a mulher sente desejo, excitação e se entrega ao ato sexual ocorre um aumento da circulação sanguínea generalizada do corpo e também um aumento da circulação específica aos genitais. Decorrente dessa circulação ocorre a lubrificação da vagina e o clitóris de torna mais proeminente, isto pode ser comparado a ereção peniana, só não é tão visível, pois o clitóris é mais interno.
Essas modificações preparam a mulher para a continuidade da relação sexual com a penetração e, com a estimulação adequada, a mulher deve atingir o orgasmo. O orgasmo é um reflexo, não pode ser controlado pela vontade, contudo sabe-se que músculos pélvicos que situam-se entre ânus e a vagina agem durante todo o ato sexual e se contraem intensamente durante o orgasmo trazendo o clitóris mais próximo da entrada da vagina para que este seja mais estimulado durante a penetração.
Mas o que a fisioterapia pode fazer pela mulher com dificuldade sexuais? A paciente que chega ao consultório com alguma queixa sexual tem invariavelmente alguma disfunção nos músculos pélvicos e é sobre esse problema muscular que a fisioterapia age. Através do exame físico da região genito-anal é possível identificar fraqueza muscular, incoordenação, pontos de tensão que causam dor ou ainda um estado de contração muscular constante que a paciente não percebe, pois está associado a perda parcial da sensibilidade da região.
Então o tratamento fisioterapêutico da mulher com disfunção sexual é direcionado a musculatura pélvica e envolve estimulação desses músculos através de equipamentos específicos, que promovem a sensibilidade genital e adequam o funcionamento desses músculos durante a relação sexual, por exemplo se a paciente refere dor durante a penetração e o exame mostra músculos contraídos, a fisioterapia se concentra em relaxar essa musculatura para que a estimulação pelo pênis do parceiro volte a ser prazerosa. Se a paciente refere dificuldade de atingir o orgasmo e durante o exame físico é percebida uma fraqueza muscular é realizado um trabalho de fortalecimento desses músculos para que a vagina fique mais estreita, tenha mais contato com o pênis, o clitóris é massageado durante a penetração o que facilita o orgasmo.
A sexualidade dentro da fisioterapia é recente e tem sido cada vez mais explorada no Brasil e fora do país pelos excelentes resultados e por ser um tratamento não invasivo com custo acessível.